terça-feira, abril 04, 2006

No silêncio em que me vês

É na Brandura desta pele em que me visto,
Que te busco como a Noite busca a Lua
Que te entrego a Alma e não resisto,
A dar-me assim de Corpo e Alma Nua.

E no silêncio em que me Vês em tal entrega,
Em que me sentes o Pulsar do Coração
Tens por certo pertencer-me Eternamente,
Serei Eterna até ao fim da Imensidão.

Que passe o tempo por mim e não o sinta
Tal como a chuva cai em ciclo infindo
Buscar-te-ei sempre a todo o instante
Aninhada em teu sentir, no teu caminho!

8 comentários:

GUIA DO APOSTADOR disse...

O silêncio dos sentidos que nem todos conseguem atingir...um beijo doce e um obrigado pelas sábias palavras que depositaste, algures no escuro...boa semana!

Anónimo disse...

Nossa que lindo! ENCANTADA...tenha uma semana alegre

Anónimo disse...

É denso, e muito bonito este teu poema, querida amiga.Se bem te entendi descosbriste que é na Brandura do silêncio que mais fácilmente encontraremos a luz que nos há-de iluminar o espírito e aquecer o coração. A luz suave e branda da lua, e a luz forte e escaldante do sol. Se a luz do sol nos convida a desnudar o corpo, o luar intenso e brilhante incita-nos a despir a alma. É nesse silêncio e nessa nudez, que melhor se sente o pulsar do coração. É nesse silêncio e nessa nudez que nos dispomos à entrega livre e total. É esse silêncio e essa nudez que nos leva a sentirmo-nos
eternos e capazes de enfrentar a imensidão que se estende à nossa frente. Com o corpo disponível e a alma solta não sentiremos o peso do tempo, aninhados como estaremos num ninho de confiança e de amor. Confiança em nós e amor pelos outros. Um beijo imenso minha querida amiga.

Anónimo disse...

Tem aqui um belo espaço, para nos deleitar com pedaços da sua alma!E este poema não foge à regra, sensível, genuino, carregado de emoção, como você. Andamos numa correria sem sabermos muito bem para onde e de repente percebemos, que apenas precisamos das coisas mais pequenas, de nos ouvirmos, do silencio e de quem nos quer bem... Um beijo grande. Adorei!

Anónimo disse...

Assim como as pedras preciosas são tiradas da terra, a virtude surge dos bons actos e a sabedoria nasce da mente pura e tranquila. Para se andar com segurança, nos labirintos da vida humana, é necessário que se tenham como guias a luz da sabedoria e virtude. (Sakyamuni).

Anónimo disse...

Só pode ser "grande" quem tem o previlégio de assim te receber ... um belo poema
bjnhs ;)

Anónimo disse...

que lina entrega :) vim dar as boas vindas ao teu novo espaço.
beijosss da Princesa

Anónimo disse...

Cheiras a luz
A lua
A maresia
Cheiras a flores
Volúpia e inocência
De pássaros
Dançando Mozart
Num palco invisível

Cheiras a vida
A cio
A mato
Fecho os olhos
Sentindo que existes
P’ra lá dos desvarios
Do meu concuspiscente olfacto...