segunda-feira, maio 29, 2006

Voarei


Voarei sempre,
Marcando novos compassos,
Em busca de novos espaços.
Voarei sonhando sempre,
Tentando assim encontrar,
Tudo o que a vida me quer dar.
Voarei sem me cansar,
Pois nesta busca eu sei
Que algures me encontrarei!
É neste voo incansável,
Com que marco o meu Destino
Que vou encontrando a forma
De dar cor ao meu caminho.

quarta-feira, maio 24, 2006

Há uns tempos atrás escrevi um texto, que publiquei no antigo blog, para uma pessoa que me foi muito importante. Ontem, ela deixou de fazer parte corpórea da minha vida, a morte, levou-a nos braços. Dela, ficarão sempre as lembranças doces, será sempre assim que a recordarei: A mulher mais linda, que cruzou a minha vida.
"Hoje acordei com o pensamento na Nizé! Vou falar-vos dela, para a partilhar um bocadinho….
Nizé entrou na minha vida, pelas mãos do João, tinha eu 13 anos. João era filho de Nizé e meu primeiro namorado. Quando João ma apresentou, Nizé franziu o sobrolho, olhou e disse-me “Eu queria conhecer a menina que arranca o João dos livros”, depois, rasgou um sorriso e acrescentou “gosto de conhecer, quem quer bem ao João!”. Nesse dia gostei simplesmente da Nizé! Sempre que ela saía para trabalhar e nos deixava sozinhos em casa, fazia questão de deixar bem claro que confiava em nós, e que se nós gostávamos um do outro, jamais faríamos coisas de que nos arrependêssemos. A confiança que ela tinha em nós nunca foi traída, mesmo porque era a primeira vez que alguém confiava em mim, e eu jamais a desiludiria.
Sempre que eu chegava perto da Nizé, dava-lhe um beijo, e enquanto a abraçava perguntava-lhe rindo :- “Nini, será que hoje, ainda gostas de mim?”, ela, quase sempre respondia, que eu era a Índia mais bonita que ela conhecia, e corria, logo de seguida, a fazer os bolos de coco, que faziam as minhas delicias.
Muitas vezes, enquanto o João estudava, eu e a Nizé conversávamos horas a fio. Eu, que desde pequena adorava ouvir histórias, ouvia, sorvia, e deixava-me embalar, pelo som que o mar tinha, nas palavras da Nizé. Falava-me de Luanda, dos seus, de tudo o que deixara para trás, mas falava muito na árvore do seu coração, o Embondeiro, foi pelos olhas dela, que conheci a grandeza do Embondeiro. Cantávamos e dançávamos, tendo sido ela a minha professora de Kizomba, a pessoa que descobriu que eu dançava muito bem, segundo ela fazia questão de dizer a toda a gente.
Nizé foi a negra mais linda que cruzou a minha vida, uma das mulheres mais bonitas e mais meigas e que conseguiu fazer, com que eu com apenas 13 anos, brilhasse todos os dias. Era como uma estrela para mim.
Certo dia de Junho, estando eu à beira de regressar definitivamente a Lisboa, Nizé disse-me que me queria falar. Eu larguei tudo e corri para o colo da Nizé. Estranhamente, os olhos dela não brilhavam como de costume e as rugas da testa estavam mais profundas, o sorriso não era tão grande, e à minha pergunta habitual, ela respondeu de forma diferente: -“ Gosto de ti, como de uma filha!”. Percebi imediatamente, que ela se queria despedir de mim, e o meu coração ficou pequeno…eu andava a adiar aquele momento à tanto tempo, e agora, a frontalidade da Nizé , deixara-me desarmada. Agora era tarde para ser forte, porque as lágrimas corriam copiosamente, e apenas me restava buscar consolo, no ombro da que tinha sido, a mulher mais criança, de que eu tinha memória. Mas Nizé nesse dia, decidira dar-me uma lição de vida, olhou-me nos olhos, pegou na minha mão, como que a pedir a minha atenção, e começou a falar para mim. Esta abordagem era nova, ela havia sempre falado para nós (eu e João), tinha falado dela, dos seus, mas nunca directamente para assuntos relacionados comigo, ela nunca havia falado para mim! Foi então que começou dizendo: “ Na vida, terás que aprender, que a beleza das coisas está em dar e receber! Não adianta dar como tu dás, se o que recebes em troca, é muito pouco. Se achas que eu não tenho razão, pensa comigo. O teu riso, encheu a minha casa, os teus gestos e o teu jeito, encheu o coração do João, a tua ternura, encheu o meu coração de mãe….que tiveste em troca? Muito pouco….merecias muito mais!
Sempre que deres farinha, filha, espera receber em troca pão ou bolo…
Sempre que deres sorrisos, tens que esperar receber em troca gargalhadas…
Sempre que deres amor, tens que receber, no mínimo, respeito.
Não há nada que faças, que não tenha outro gesto como retorno, como tal, cuida que os gestos que fazes, estão de acordo com o que o teu coração quer, porque só assim, ele vais estar preparado para receber o gesto de retorno.”
Muito mais nós falámos nesse dia, entre choros e gargalhadas, mas acabámos por brindar no fim do dia, com bolos de coco e sumo de laranja.
Nesse dia à noite, eu e João descemos à praia, o mar estava calmo, a ondulação esbatia-se mansamente no areal. Sentados à beira mar, olhámos o Mar em redor. João, abraçou-me, beijou-me na testa (segundo ele, era sinal de respeito), conversámos muito tempo, e acabou por me confessar, em tom de brincadeira, que por vezes, tinha a sensação que eu gostava mais da Nizé do que dele. Selei a conversa com um beijo profundo, um daqueles beijos que acontecem sempre à chegada e ás despedidas, um beijo intenso, que nos fez tremer a ambos. Nesse dia, pela primeira vez, falei ao João dos meus sentimentos, dos meus medos, dos meus desejos, ele, o meu querido João, ouviu-me e respeitou-me e sei que até hoje, me guardou no seu coração, em lugar especial. Nizé, ficou para sempre nas minhas memória, como sendo a pessoa que mais me fez crescer num dia…Nizé, foi sem duvida a Negra mais linda, que alguma vez conheci!!!!"

terça-feira, maio 23, 2006

Tristeza



Estou triste!
Esta tristeza que chega sem tempo
Esta tristeza que vem mansa,
Que se instala, que me cansa.
Os pensamentos só a aguçam,
O tempo só a agudiza,
Sinto-me assim perdida,
Navegando aqui vazia...
É novo este sentimento,
Que chegou vindo com o vento,
Carregado de memórias,
Trazendo á lembrança histórias
E é no meio de pensamentos,
Que vou traçar o meu caminho,
Já sem pressa na chegada,
Caminho....devagarinho!

quinta-feira, maio 18, 2006

Eu



Não me busques
Nas angustias de que te vestes
Não me busques,
Nas palavras que não digo
Não me busques,
Nos sentires que não conheces
Não me busques,
Nos caminhos que eu não sigo

Encontra-me,
No silêncio que te acalma,
Encontra-me,
Nas palavras que eu clamar,
Encontra-me
Na nudez da minha Alma,
Encontra-me
Nos trilhos que eu traçar.

É assim que quero que me vejas
É assim que eu quero e que me dou
É assim que me afasto de incertezas
Sendo apenas aquilo que eu sou.

quarta-feira, maio 17, 2006

QUERO


Quero
Ter-te em meus braços.
Suspirando cada momento num carinho
Em que bocas se procuram sem cessar,
Em que meu corpo seja o teu ninho,

Quero
Ter-te colado,
Ao meu corpo que teima em acompanhar
Sentindo-te a cada momento mais cingido
dançando a cada momento do teu balançar!

Quero
Sentir essas mão,
Que avidamente buscam a minha pele
Suspirando de prazer, então sem recato,
Em êxtase infinito de sabor a Mel!

Quero
Ficar por fim,
Envolta no teu cheiro e nos teus braços,
Sentido o teu calor que me impulsiona
A conhecer de olhos fechados todos os teus traços!

terça-feira, maio 16, 2006

Canção de Embalar


Dorme meu Menino,
Que eu zelo por ti.
Dorme o teu Soninho,
Aconchegadinho,
Pertinho de mim.
Que os Anjos do Céu,
Te guardem a Alma,
Que eu beije essa face,
Tão pura, tão Calma!
Dorme meu menino,
Calmo e Sossegado,
Que eu canto para ti,
Dorme descansado

sexta-feira, maio 12, 2006

Hoje

Hoje,

Não mentiria,

Ao dizer que te Amo!



Hoje,

Ficaria embalada,

Nos teus braços!



Hoje,

Exigiria os beijos,

Que me dás e que não sinto!



Hoje,

Ficaria envolta,

Nas palavras com que me brindas!



Hoje,

Pintaria a tua tela,

Em cores feitas por mim!



Hoje,

Temeria o despertar,

Com medo que de tanto te sonhar,

Te pudesse perder, no acordar!

quarta-feira, maio 10, 2006

Murmúrios de paixão

As palavras mais belas
São as que me nascem do teu corpo
Cabelos, lábios, olhos, braços...
Até o peito, onde me aconchego.
Escrevo-as devagar...
Como se lhes tocasse
E cada uma delas é como um espelho
De onde se libertam as tuas mãos,
Dedos e olhos...
Que beijo num murmúrio de segredos.
Precipitam-se sinónimos,
Adjectivos com objectivo,
Pronomes com carícias doces,
Sílabas encontradas na falésia do desejo
Mas abro o livro
Para além de palavras
É a ti que eu quero
E faço-as voltar até onde nasceram
Cabelos, olhos, lábios, braços...
Até o peito, onde me aconchego.
Autor: Le_Poete

terça-feira, maio 09, 2006

Entregas


Procuro nas memórias pensamentos,
Que cheguem como as águas do meu Mar.
Que me tragam pensamento convergentes,
Que me digam o porquê do meu pulsar.

Procuro a tua boca que me beija
Que me toca na pele com tal doçura
Que me faz tremer a cada toque
Que enche a minha vida de ternura.

Procuro o teu corpo que me enlaça
Que pinta a minha vida de alegria
Que sacia o meu corpo que te busca
Que impele a amar-te mais a cada dia.

Procuro apenas ter a tua entrega
Procuro dar-te parte do meu Ser
Procuro saciar os nossos corpos
Que anseiam por dar e receber!

segunda-feira, maio 08, 2006

Memórias

Eram 3 da manhã. Os acontecimentos desse dia, tinham-me deixado anestesiada, sem saber como reagir. Tinha vontade de desatar num pranto, mas não! Tinha decidido que não iria chorar! Enquanto a enfermeira me explicava que eu podia ficar no quarto com o meu filho, mas que apenas dispunha de uma cadeira para passar a noite…que o tratamento a que ele iria ser sujeito, seria muito traumatizante…Enquanto ela falava, tudo me ecoava na mente. Tinha a estranha sensação, de que o meu corpo estava por ali mas a minha mente vagava. Tentava reconstituir o meu dia, na esperança de entender o que se havia passado.

O meu Diogo tinha tardado a acordar nessa manhã. Eu tinha amamentado o meu filho João já há muito, e o Diogo mantinha-se no seu quarto. Eu estava já inquieta e resolvi ir ver o que se passava com ele. Aproximei-me da cama e ele gemia baixinho, e ardia em febre. Assim que acendi a luz do quarto, estremeci ao verificar que ele estava francamente doente. Toda a face esquerda estava inchada e ele já nem conseguia abrir os olhos. Tentei colocá-lo de pé, mas ele tombava, por falta de equilíbrio. Chamei o meu marido, pegámos no João, e enquanto conduzíamos rumo à pediatra, eu telefonei-lhe a contar o estado em que o Diogo ia chegar. Ela preparou-me de imediato, para uma situação de emergência complicada. Quando chegámos, tivemos atendimento prioritário. Assim que a médica lhe fez a primeira avaliação detectou que o Diogo estava com rigidez da nuca. Remeteu-o para as Urgências hospitalares e assim que chegámos, já o hospital tinha sido avisado que iríamos chegar. Depois, tudo se passou de uma forma quase Surreal. Tiraram-me o Diogo dos braços e advertiram-me que lhe iriam fazer uma punção lombar, para determinar se havia meningite ou não. Antes dos resultados chegarem, ele teria que ir fazer uma T.A.C. ao Hospital de S. José. Quando dei conta, já estava dentro de uma ambulância que se deslocava a uma velocidade assombrosa, pelas ruas de Lisboa. O meu marido seguia-nos de carro. O Diogo, dizia algumas vezes “mamã, dói a cabeça mamã”, e pedia-me o pescoço. O Diogo nunca havia usado chucha, mas o meu pescoço era o seu aconchego. Ele buscava sempre o meu pescoço, quando queria dormir, ou quando simplesmente, queria afecto. Eu aproximei-me dele e puxei a sua mãozinha, a que não tinha soro, para o meu pescoço. Ele apenas sorriu. Eu fiquei ali a repetir-lhe que o amava, que tudo ia correr bem, que ele era a minha vida, que eu ia tomar conta dele…sei lá mais o quê. Chegámos ao hospital perto das 22 horas. Teríamos que esperar pelas 24 para que a TAC pudesse ser feita. O Diogo ardia em febre, apesar dos antipiréticos, e dos cuidados constantes do enfermeiro que nos acompanhava. Eu cantava para o acalmar. Beijava-o, e não me cansava de lhe dizer que o amava. Sentia-me impotente! Pela primeira vez na vida, senti como era não poder fazer nada! Pela primeira vez, senti o quanto era frágil, ao perceber que poderia ruir a qualquer momento, como um simples castelo de cartas.
Cerca da 1 da manhã, o Diogo fez a TAC e logo em seguida, foi visto por um oftalmologista do hospital, que emitiu um relatório reservado. Cerca das 2 da manhã, saímos de S. José, de retorno ao Hospital da Estefânia, onde ele iria receber ordem de internamento.

Naquele momento, eu estava a ser informada que o Diogo tinha Meningite viral, e uma celulite orbital à esquerda, que o tratamento iria ser moroso, doloroso e traumatizante…Eu olhei para a Enfermeira chefe e perguntei-lhe olhando-a nos olhos “Ele vai ficar bem?”. Ela com o saber de quem já se habituou àquelas perguntas respondeu apenas “as próximas 72 horas são determinantes. Mas certamente, que irá correr tudo bem. A mãe precisa de ter calma, e sobretudo, não transmitir ansiedade ao bebé!” O meu Diogo iria fazer 2 anos e meio a 23 de Maio. Estávamos a 16 de Maio, e de repente, tudo estava obscuramente remetido ao reinos dos “ses”, onde todas as impossibilidades eram possíveis, onde tudo podia acontecer.
Durante os 3 dias seguintes, eu só saí de ao pé do Diogo, para comer e amamentar o meu João. O meu marido tentava dividir-se entre o Hospital e o João. Ele procurava saber nos meus olhos, como é que eu me sentia e não se atrevia a perguntar-me nada, com medo que eu desabasse a qualquer instante. Ele sabia que devido à minha fragilidade, uma palavra era o bastante para me deitar por terra facilmente.

Ao fim de 5 dias, o Diogo, deu os primeiros sinais de melhoras. A febre baixou, ele chamou por mim, pediu-me o pescoço, e tinha fome, queria mamar! Chamei os médicos, para que o viesses ver. O inchaço da cara, começava a diminuir e o Diogo já se começava a abrir em sorrisos. Ele tinha fome, e esse era um bom sinal. Os médicos ficaram surpresos ao saberem que ele ainda mamava e porque o leite materno era facilmente digerível, deixaram que eu o amamentasse. Garantiram-me que o Diogo ficaria bem, e que lá para Julho, sairia do hospital. Eu estava ávida do meu filho!!! O Diogo mamou, teve todo o pescoço que quis, e antes de adormecer, perguntou pelo Pai. Enquanto o Diogo dormia, eu telefonei ao Pai. Contei-lhe como o menino estava melhor, que tinha perguntado por ele, que já sorria, que tinha mamado…enfim…o meu marido não cabia em si de contente. Passado 30 minutos estava ao pé de mim com o João e disse-me: “Agora vai…vai dormir, tomar um banho. Vai comer, hoje quem dorme cá sou eu! Volta logo para dares mama ao menino, mas dormes em casa, pode ser?”. Abracei o meu marido pela primeira vez desde o início destes acontecimentos, e acedi ao seu pedido. Fui olhar mais uma vez o Diogo. Era mesmo lindo o meu menino! Agora sim, ele tinha conseguido resistir, era definitivamente um lutador!

Peguei no Joãozinho, abracei-o e disse-lhe “Também te amo muito meu filho, mas o mano precisava muito de mim!”. O João estava com 5 meses, e o pai, como sempre tinha acontecido, havia tomado conta dele de uma forma exemplar. Agora tinha a certeza que tinha em definitivo, os meus 2 meninos de volta! Tomei rumo à casa dos meus pais. Lá amamentei o João, pedi-lhes que tomassem conta dele por essa noite e fui tomar um banho. Enquanto a água me invadia, os músculos relaxavam e a tensão ia desaparecendo, chorei! Quis lavar toda a dor contida e o sofrimento calado, naquela água que percorria o meu corpo. Sentei-me na banheira e enquanto a água caía, eu finalmente, deixava-me envolver num choro descontrolado e compulsivo. Já no meu quarto, chorei horas a fio, até que o cansaço se apoderou de mim e me fez adormecer.
No dia seguinte, acordei renovada. Fui para o hospital e com o meu marido, acompanhámos a recuperação do Diogo. O Diogo teve alta do hospital a 3 de Julho.
Cada vez que chega o mês de Maio, chegam-me as memórias destes meus dias negros. Penso, que o maior choro que alguma vez tive, foi o que eventualmente, me garantiu alguma sanidade, quando a minha vida quase deixou de fazer sentido. O choro, que exorcizou, os meus sentires de dor, foi o garante, que eu ficaria forte, para conseguir assistir às melhoras do Diogo e continuar a cuidar do João.

sexta-feira, maio 05, 2006

Palavras



A Palavra é Sagrada

Se é dita,

Se é tocada,

Falada com intenção!

Pode ser forte a Palavra

E se em vão for usada,

É como adaga espetada,

Lançada com intenção!

Mas a Palavra sentida,

Que é dita,

Que é proferida

Que diz o que vai no peito,

Merece ser Entendida,

Merece ser Comedida,

Merece Sempre Respeito!

quarta-feira, maio 03, 2006

Era Uma Vez (Uma História de Amor)

Hoje, decidi partilhar convosco, uma história, a primeira história feita pelo meu filho mais velho. É já a terceira vez que a publico nestas lides dos blogs, mas não resito em fazê-lo mais uma vez.




Era uma vez o Mar! O Mar era tão grande que achava poder tocar o Céu. Todos os dias ele tentava, a todo o custo, mas as marés, cada vez mais fortes, acabavam por desistir. Aquele desejo de tocar o Céu transformou-se em Amor. Era um Amor maior que qualquer maré, maior que o próprio Mar. O Céu começava a desejar tocar o Mar, mas os ventos e as marés não foram feitos para se tocarem. Foi então que o Horizonte, cansado de tanto desencontro, decidiu falar para acalmar Céu e Mar:
-Eu sou o Horizonte, e quem a través de mim olhar, não saberá distinguir onde termina o Mar e começa o Céu. É através de mim, e porque assim tanto o querem, que irão permanecer juntos, de forma tão infinita, como eu o Horizonte o Sou.
"É por isso que eu sei, quando olho para o Mar, que apesar da distância que o separa do Céu, eles se encontram sempre no Horizonte!"
Autor: Diogo, Janeiro de 2003 (6 anos)

terça-feira, maio 02, 2006

Escusas de vir!!!


Escusas de Vir,

Deambulando nas palavras

Enchendo o meu coração de sonhos!



Escusas de Vir,

Tocar a minha pele

Como se continuasse a ser tua!



Escusas de Vir

Beijar os meus lábios

Tentando calar a minha Alma!



Escusas de Vir,

Envolver-me nas mentiras

Que cegamente me prendiam a ti!


O meu coração já não te sonha!

Meu corpo só a mim pertence!

A minha Alma te diz,

Que o meu coração não te mente!

Por isso...

Parte para sempre,

Escusas de Vir!