terça-feira, julho 29, 2008

Existe(s) em mim!


Estende-me a tua mão. Quero percorrer com meus dedos os caminhos que elas traçam. Quero tocar-te. Quero segurar-te e guardar-te, quero-te então e apenas.
Estende-me o teu braço. Quero agarrar-te contra mim e fundir-te na minha pele! Quero o teu cheiro e quero-o intensamente. Quero-te em largos sorvos de paixão. Quero provar sorver a tua pele doce, e embriagar-me com a essência do teu existir.
Abre os teus olhos, e derrama a sua luz no meu corpo apagado. Quero vida (a que tu me podes dar). Quero-a tanto... Pousa a tua boca sobre o meu pescoço, e faz-me estremecer com o toque dos teus lábios. Quero sentir o calor voltar ao meu corpo. Preciso do teu. Preciso de ti.
Fui eu que (te) sonhei. Aqui. Agora. Para mudar a minha cor cinzenta, e inundar-me de luz. Foste tu que (me) desenhaste. Para ti. Aqui. Agora. Faz-me viver! Dá-me o alento. Quebro a (minha) pele fria de pedra e toco-te. Rompes as amarras que me prendem ao frio. Perguntas-me se (te) quero. Olho-te e Sim... Eu Quero!

quinta-feira, julho 10, 2008

Tenho Saudades de Nós...


Existem momentos em que o beijo parece demorar... e demora-se como uma tempestade que se aproxima, abolindo o tempo e a vida que sem ti, teima em parar... Os momentos tornam-se pesados nesse instante e a saudade torna-se cansativa... consigo esperar...consigo suportar a dor da ausência e imagino o teu rosto desenhado a lápis de carvão. Escuto-te caminhar pelos corredores vazios que impedem a tua chegada e dificultam a minha espera.... consigo suportar todo este cansaço para te alcançar e não descanso sem te poder tocar... quero tanto o teu regaço, quero tanto o teu calor, o teu corpo preenchido de cor e toda a exaustão que esse embate possa provocar... Acelero os ponteiros do relógio, e continuo a ouvir os teus passos na imensidão ensurdecedora do silêncio... sinto-me extenuada, mas ansiosa pela tua chegada...


Adoro-te nas palavras mais simples e procuro-te nos textos mais complexos... o teu cheiro aproxima-se com a distância que rebenta nas ondas do mar (em versos), enquanto suporto a dor das minhas veias dilatadas e inflamadas pela distância de não te ter (agora) e do teu calor que começa a chegar com o brilho das estrelas que se deixam cair...


As histórias de amor, lidas vezes de mais, cansadas de si próprias, apagam-se no frio da ausência... da nossa ausência... mas eu sei que esperas por mim, eu sei... porque te vejo debruçado na janela, onde lanças palavras caladas ao vento frio, para que algum mensageiro imaginado mas possa entregar... e o caminho dessas palavras cansa, magoa até... mas serão entregues, porque eu as oiço, e as guardo, apenas onde te guardo a ti, onde ninguém lhes pode tocar... apenas ao alcance do ar.
(tenho saudades tuas...)