No horizonte recortado,
pelo vermelho - sangue de anjos caídos,
Entre o soluçar frio e triste da brisa Outonal,
Percorreu lentamente as imensas escadas frias e mudas.
Acompanhado pelas sombras das gentes,
Que consigo caminhavam em silêncio,
e por entre as candeias trémulas,
os seus olhos reluziram como ouro.
Do alto da grande torre severa e negra
Viu o brilho suave e ténue dos últimos raios de sol
Que teimavam dançar entre a copa alta das árvores.
Fechou os olhos marejados de saudades
E ouviu então o murmúrio lânguido doce da sua voz
Convidando-o a repousar no leito cristalino do rio
Que teimava em não descansar,
Até sentir de novo o seu abraço terno,
Para de novo unidos e como um só,
Rumarem para poente e desaguarem,
Nesse imenso mar!
7 comentários:
hum ... belo passeio esse :) é me familiar ... beijos
Quanta suavidade e desalento neste texto...Repousar nas águas de um rio que nos abraça e nos leva de novo ao mar imenso, insano e unico. Fim de vida e reinio de uma nova etapa. Gostei, gostei muito.
Bom fim de semana anjo do sentir. Beijo meigo
Suavidade em palavras poeticas...meu beijo
A Iga, falou-me de ti...fiquei curioso. Depois de te ler, acabei por compreender. Escreves muito bem. Gostei da forma cuidada como esolhes as palavras. Um abraço
Lord ... um sorriso imenso.
Este espacinho da Madrinha prima pela excelência .... ))))
E por falar em Madrinha ...:
Igarita não me tens visitado. Bem sei que o blog anda fraquito mas preciso de ti por lá ...
Sorrisos aos dois ...
A ausência de alguns abraços provoca um desassossego tão imenso como o céu e o mar! Andei alguns dias a matutar nisto depois de ter lido este post.
Sei que as vezes teimo em ignorar algumas passagens e inexplicavelmente fixo-me muito noutras, acho que é difícil separamos imagens nas quais sentimos reflectirmo-nos por inteiro!
Olha...um beijo enorme!
"...como um só..."
Lembram-me...saudades infinitas...
Enviar um comentário