Percorri-te as sombras torneadas,
desfolhei os mantos claros que cobriam as tuas formas brandas, que cobriam o teu sentir
Lentamente estendi-te as minhas mãos, percorrendo-te
Como se o tivesse feito por mais de mil vezes, sem escutar o pêndulo incessante do relógio..
como se não houvesse tempo, como se não houvesse Espaço
e tudo fosse senão um rumor vago na minha consciência...
E tu, erguendo a tua adaga de formas curvas e afiada
Desferiste em mim a sua lâmina ácida e fria
Com assomos de violência e rosto sem compaixão
Mas não me roubaste a vida, nem me fizeste verter sangue
…Simplesmente roubaste-me a alma…….
11 comentários:
Consumimos desenfreadamente e quando nos apercebemos alem de consumidas somos também muitas vezes sugadas!)
Entregamo-nos inconscientemente e as vezes o tal golpe surge certeiro e sem complacência…não há-de a alma definhar!
Não acho que isto se aplique só a um amor ou a uma paixão, o sentimento de traição, de sermos absorvidas até nos debilitarem as energias é extensível a varias coisas!
Definitivamente e à medida que a noite aparece…o meu humor tem vindo a piorar, já não sei se faço sentido, nem sei se acredito no que escrevo:)
Beijooooooo e abraçoooooooo
PS...Hoje não me roubaram a...primazia do 1º comentário( Não que eu ligue, mas conheço quem ligue:)))
Lord, não me resta senão fazer-te vénias...
"Mas não me roubaste a vida, nem me fizeste verter sangue
…Simplesmente roubaste-me a alma……."
Há momentos assim, de entrega de alma, entrega com sabor a roubo...bolas, sei bem desses momentos! :))))
Beijos salgadinhos como o Mar, e abracinhos dessssssssttteeeeeee tamanho! :)
Mas não me roubaste a vida, nem me fizeste verter sangue
…Simplesmente roubaste-me a alma……
Existe momentos perdido no tempo na imensidão deste espaço
em que deixamos entregar aos sentimentos e parece que deixamos de ser nós de sentir só por nós.
E quando se apercebemos a nossa alma deixa de nos pertencer.
Beijos na doce magia da Amizade.
A vida que não se rouba, o sangue que não se verte...Talvez fosse preferivel a perder a alma. Essa é como pássaro que voa e dificilmente regressa ao mesmo ramo.
Beijos de manso luar
Esse "simplesmente... roubaste-me a alma..." parece-me algo complicado... Felizes aqueles que conseguem manter a alma intacta, depois de muitos golpes de adaga... Um beijinho.
Olá...
Traçado a muitos golpes de adaga, creio ainda conseguir manter essa alma que me habita, ainda que insana, doente, assustada... Mas de novo hoje, amanhã, todos os dias, esse sol que a conforta vai nascendo, fazendo-me virar os olhos para lá, pensando que talvez seja hoje...
Beijos vadios, a gente vê-se por aí...
Quando nos roubam a alma, já não há volta...
"...como se não houvesse tempo, como se não houvesse Espaço e tudo fosse senão um rumor vago na minha consciência... "
...é a necessidade de urgência de certos momentos, num tempo que corre tão célere, que nos bloqueia quase todos os sentidos que não os da Alma... e dai solta-se o Cuco, e vem uma torrente de pensamentos e um desabar de Adagas que ferem os mais profundos e recônditos desejos... e a Alma esvai-se e some em laivos de tons púrpura... Mas a vida continua e o sangue corre... apenas quase não o sentimos.
Beijinhos especiais Salgadinhos como o meu Mar para ti, Lord, e claro para a minha manamaislindadomundoearredoresssssscom muitas saudades destas andanças.
Pataininiti
Passei aqui por mero acaso.
Parabéns pelo talento pleno de sensibilidade!
esta tarde fiquei completamente ébria com as leituras que li... é que fiquei mesmooooo! um bebijinho grande com asas na alma
"...roubaste-me a alma..."
sei onde está a minha...está bem guardada...e ficará até ao reencontro...
Enviar um comentário